12/09/2013

Goya: Referência importante em minha produção.


Olá tripulantes! Tudo bem com vocês?

Talvez alguns não saibam, mas, sua produção de gravuras influenciou e ainda influencia artistas e quadrinistas até hoje. Falo de Francisco Goya é claro! Se você busca uma arte sólida para referências, é provável, que a encontrará em Goya, que tal experimentar? Pessoalmente não sinto nenhum arrependimento em escolher sua obra como objeto de estudo em minha produção artística.

Uma de suas obras mais emblemática é “Desastres da guerra”. É a segunda série de Goya. Com 82 estampas, “Desastres da guerra” narra as crueldades da Guerra da Independência, como o povo foi torturado, morto sem piedade, é um relato visual das perversidades. Goya utilizou água-forte, ponta seca, buril e aquatinta nestas gravuras que mostram a realidade crua, em um engajamento social contra a guerra. Entre as gravuras estão “Y no hay remédio”, “Este es lo verdadero” e “Estragos de la guerra”.

Tampouco: da série "Desastres da guerra"


“Provérbios” ou “Disparate” é outra grande série de gravuras de Goya, foi publicado após sua morte e é impregnada por mistérios, pessimismo e alegorias. Talvez produzidas em 1819. Entre as gravuras estão: “disparate femenino”, “Disparate de miedo” e “Disparate ridículo”.

Disparate de miedo: Da série "Provérbios"


Goya foi um artista plástico versátil, tanto tecnicamente, como em sua temática. Goya trabalhou com diversas técnicas em sua vasta produção artística. Ilustrou o alegórico, retratou demônios e seres mitológicos. No entanto, o tema que caracteriza Goya como um inovador, um artista de vanguarda, é o social, seus trabalhos sobre os vícios do clero, a exploração das mulheres, a prostituição, as maldades da guerra, as superstições, a violência.

O sono da razão produz monstros


Observar a vasta produção de Goya, não é apenas ver uma obra de arte, é se interar do seu tempo. Ele soube retratar a crueldade da realidade, a hipocrisia das relações humanas. Ele acreditou e deixou de acreditar em suas crenças políticas, se mostrou um homem flexível. Não abdicou de seu lado humano como artista, e também não deixou de ser um artista fantástico, mesmo quando transparecia sua humanidade.
É em sua produção de gravuras que suas convicções aparecem com maior vigor, mostram o quanto Goya era um observador da natureza humana. É esta aproximação tão real com o homem que faz com que Goya não pareça ultrapassado, como um ícone de séculos passados, e a razão é simples: os homens continuam sendo homens, colocando suas capas de aparência, tentando esconder a loucura e correndo com passos rápidos para a guerra e a morte.

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Abraços e até o próximo post...

Marcio. R. Gotland 
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